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terça-feira, 25 de abril de 2017

QUAL É O FUTURO DA NOSSA SELEÇÃO?

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Na sua estreia a frente da selecção nacional, Beto Bianchi teve o saldo de uma derrota e de um empate em jogos a contar para a data FIFA que só servem para pontuar no ‘ranking’. Angola tem a missão de se apurar para o CHAN 2018 e para o CAN 2019 que não participou desde 2013. Angola ocupa a 147ª posição do ranking da FIFA.


Duas semanas depois de ter sido oficializado como treinador da selecção angolana de futebol para os próximos três anos, o hispano-brasileiro Beto Bianchi estreou-se com uma derrota frente a Moçambique e um empate com a África do Sul, em jogos a contar para data FIFA.

O pouco tempo para a preparação dos jogos é apontada pelos comentadores como uma das causas para as fracas exibições da equipa nacional, principalmente no primeiro jogo. Dinho Soares entende a exibição dos angolanos, frente aos moçambicanos, como “pálida” e “ sem muita qualidade” e que apesar da falta de treinos, faltou também mais atitude, agressividade e mobilidade.

Já frente a África do Sul, a selecção teve uma postura mais positiva, principalmente em termos defensivos. Por isso, defende a necessidade de mais treinos. “A seleçcão precisa treinar, para interiorizar as ideias do treinador e ganhar rotina”, defende. Mas apesar da avaliação que faz, Dinho Soares confessa que não esperava de uma grande selecção devido ao pouco tempo de trabalho. E está convencido de que, com o tempo, as ideias de jogo de Beto Bianchi que pautam pela “intensidade e pressão ao defender e a atacar vão ser espelhadas na dinâmica do jogo da selecção”.

Por sua vez, Luís Cazengue, outro comentador desportivo, acredita que em termos gerais a avaliação “não foi má”, mas que tendo em conta o pouco tempo de treino, acredita que as coisas possam melhorar.

O homem que marcou o golo que garantiu pela primeira e única presença de Angola em fases finais de um campeonato do mundo, Akwá, espera que o novo técnico faça com que a selecção “volte a dar alegria que há muito tempo não dá”. E que consiga qualificar-se para o Campeonato Africano das Nações de 2019. Mas para que os resultados sejam visíveis, o antigo capitão da selecção chama a atenção à nova direcção da Federação Angolana de Futebol (FAF) para que “não cometa os mesmos erros do passado”. “É importante dar as melhores condições de trabalho ao treinador, jogadores e equipa técnica para que consiga ter ferramentas para atingir os objectivos”, recorda. “Não adianta ter um grande treinador e faltar condições”, alerta, em recado para a FAF.

EM QUEDA LIVRE
Apresentado em Março, o também treinador do Petro de Luanda tem como objectivo recuperar a mística dos ‘Palancas Negras’, que ano após ano, vai caindo de forma ‘aparatosa’ no ‘ranking’ da Federação Internacional de Futebol. Na última actualização de Março, Angola ocupava a 147.ª posição, numa lista liderada pela Argentina.

Dinho Soares defende que se dê tempo ao selecionador para que prepare uma equipa para médio prazo.

Depois dos jogos da data FIFA, os ‘Palancas Negras’ preparam-se para começar a campanha de apuramento para o Campeonato Africano das Nações (CHAN), no Quénia, em 2018. Entre 14 e 16 de Julho, a selecção enfrenta o vencedor entre as Ilhas Maurícias e Seychelles, para a primeira mão da segunda eliminatória. O segundo encontro está agendado entre 21 e 23 de Julho, no Estádio ‘11 de Novembro’. Disputa-se de 11 de Janeiro a 2 de Fevereiro.

Além das eliminatórias do CHAN, Angola começa a 13 de Junho, em Ouagadougou frente ao Burkina Faso, em jogo a contar para a primeira jornada, a disputa para marcar presença no CAN de 2019 nos Camarões. Angola está no grupo 1, com a Mauritânia, Burkina-Faso e Botsuana.
Angola não se qualifica para um CAN desde 2013.

OS ‘MENINOS’ DE BIANCHI
Dos 20 primeiros jogadores convocados por Beto Bianchi destacam-se as estreias do guarda-redes Gerson (Petro), o defesa Mira (Petro de Luanda), os médios Herenilson (Petro) e Dudu Leite (Caála) e o atacante Vá (Progresso do Sambizanga). E ainda os regressos de Manucho Gonçalves (Rayo Vallecano da Espanha), Nary (Kabuscorp), Lunguinha (Progresso do Sambizanga) e Yano (Progresso do Sambizanga).

29.º TREINADOR
Aos 50 anos, Beto Bianchi é o 29.º treinador da selecção nacional de futebol desde 11 de Novembro de 1975. No seu historial, Angola esteve sob comando de 13 técnicos estrangeiros e 16 nacionais. O que dá uma média de 1,44 treinadores por ano.

REGRESSO TRÊS ANOS DEPOIS
Um dos destaques da convocatória de Beto Bianchi foi o avançado do Rayo Vallecano, Manucho Gonçalves, que regressa três anos depois. Manucho Gonçalves representou a selecção pela última vez, em 2013, no 28.º Campeonato Africanos das Nações (CAN), que aconteceu na África do Sul.

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