A situação de instabilidade na República Democrática do Congo (RDC) provocou cerca de 15 mil novos refugiados para Angola, sem, contudo, provocar instabilidade, afirmou nesta sexta-feira, em Luanda, o ministro angolano das Relações Exteriores, Georges Rebelo Chikoti.
O governante angolano falava à imprensa depois de ter testemunhado a audiência que o vice-presidente da República, Manuel Domingos Vicente, concedeu ao enviado especial do secretário-geral das Nações Unidas para a Região dos Grandes Lagos, Said Kjinnt.
“O quadro não é muito bom. O Congo está instável e já criou 15 mil refugiados que entraram em território angolano”, declarou.
O ministro receia que o fluxo de refugiados para Angola pode prejudicar o processo de recenseamento eleitoral na RDC e afectar as eleições, por tratar-se de uma parte essencial para população daquele país.
Georges Rebelo Chikoti informou haver iniciativas para que os 15 mil refugiados regressem ao seu país e participem no pleito eleitoral.
O atraso na marcação da data para as eleições na RDC despoletou conflitos que desde finais do ano passado provocaram a morte de centenas de cidadãos e deslocamento de outros para países vizinhos.
A província angolana da Lunda Norte partilha uma fronteira de 770 quilómetros com o Congo Democrático, dos quais 120 são fluviais.
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